A saída de Matosinhos teve lugar à hora prevista (de carro, graças a Deus). Chegamos à Citânia de Sanfins lá para os lados de Sto Tirso por volta das 8h30, onde diga-se, estava um frio do camandro, para não dizer pior.
A coisa começou bem, os primeiros km foram sempre a subir, o problema do frio ficou de imediato resolvido sendo substituído pela forte possibilidade de cuspir um pulmão a qualquer momento. Felizmente não há mal que sempre dure e após atingir o ponto mais alto foi só seguir o curso do Rio Leça. O percurso é muito bonito, e embora apresente alguma dificuldade em particular nas descidas, é um percurso altamente aconselhável não só a Betetistas como a caminhantes. Só não é aconselhado a merendeiros. Porquê? Porque são uns porcos e iam estragar uma paisagem perfeita como fazem em sítios como o Gerês que infelizmente pela facilidade de acesso está à mercê destas bestas.
Não há palavras que descrevam este local sem que o quadro fique muito mal pintado e muito aquém da realidade. Há coisas neste mundo que só vendo ao vivo se tem uma noção da sua real grandeza. Por exemplo, lá está, o Rio Leça e o peito da Pamela Anderson.
Se me contassem que em oitenta por cento do Rio Leça a água é imaculadamente límpida eu não acreditava. Mas é a mais pura verdade. Só entre Alfena e Matosinhos é que o cenário descamba e o rio adquire o aspecto doente que tão bem conhecemos.
Perfeito, perfeito era não ter apanhado uma das maiores chuvadas da minha vida. Choveu o raio da manhã toda. Volta e meia, muito tímido, lá aparecia o sol e lá ia dando para secar a roupa. Mau mesmo foi a descarga de água que deu na última hora de percurso. Custa-me dizer isto, mas S.Pedro (sim, estou a falar para ti) às vezes consegues ser muito cabrão!
No que respeita a quedas, raspei o real no chão duas vezes, curiosamente das duas vezes estava fora da bicicleta. Menos mal, assim dói menos.
Após cerca de 52km, (com uma passagem por casa, luxo a que nem todos se puderam dar) chegada ao "Ginásio - Casa das Iscas" em Leça do Balio onde nos aguardavam uns rojões, umas pataniscas e um arroz de feijão que de tão bom chega a roçar o obsceno. A acompanhar, marchou um tintol branco manhoso a fugir para o americano mas que (e acho que falo por todos) nos soube a Vintage!
Balanço final? Positivo. Positivíssimo. Mais positivo que isto e dava choque!!!
P.S. Nunca é demais agradecer à organização e ao F. Reis que se dispôs a sair da cama de madrugada para nos levar à nascente.
Link para fotos (blog BTT Matosinhos)
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