Para não quebrar a tradição e as "boas" práticas jornalisticas com que nos vêm presenteando últimamente de fazer a notícia com pressupostos que visam um único fim, a venda massiva de revistas e jornais, a comunicação social na falta de mais pormenores fornecidos pelas autoridades, continua a bater na "forte" possibilidade de (de acordo com "fonte segura" próxima da actriz) ter sido tentativa de suicídio.
A notícia em traços gerais diz que Sónia Brazão ligou os quatro bicos do fogão a gás e que passadas três horas ao ligar a máquina de lavar fez com que a acumulação de gás gerasse a explosão.
Então vamos por partes:
Em primeiro lugar não defendo nem ataco a possibilidade de ter sido suícidio. O que eu defendo é que se aguarde até haver notícia para a divulgar.
Depois vamos lá ver uma coisa. Pondo a hipótese de realmente a senhora querer ir cumprimentar o Carlos Castro mais cedo, porque raio ia abrir o gás e passadas três horas pôr a roupa a lavar? Não era mais fácil acender um isqueiro? Lá terá pensado para com os seus botões - "Caramba, só agora me lembrei que não meti a roupa a lavar e na televisão davam chuva para amanhã... Acho que vou pôr agora a ver se ainda seca hoje..."
Depois temos a teoria de que a actriz não sabia que a máquina de lavar funcionaria como fonte de ignição. Concerteza Sónia pensava que a máquina era de lavar á mão...
Se analisarmos os "factos" jornalísticos, Sónia só queria morrer por asfixia e convenhamos, é o sonho de criança de qualquer suicida. Devo dizer até que cresci com um suicida, um catraio que era neto de um vizinho dos meus pais, e agora que penso nisso o maguerefe não achava piada a brincadeiras com pistolas, espingardas e objectos cortantes. Não se aproximava de água, tinha horror a edifícios altos e fugia dos fósforos como o Diabo foge da cruz. No entanto as cordas, almofadas, botijas de gás e lugares apertados eram a sua praia. Agora percebo porque é que quando alguém dava um "traque" e todos riamos enquanto fugiamos do local do crime, ele sentava-se bem no epicentro da largada fisiológica e ficava ali assim...
Aparentemente Sónia não queria aguardar sentada na cozinha pacientemente pelo seu fim, afinal de contas era uma mulher que não se dava parada, daí ter achado por bem continuar com as suas lides de casa enquanto aguardava a chegada do ceifador.
Acho que deve ser normal, há uns anos ouvi uma notícia de uma senhora que descobriu que o marido andava a "comer fora de casa" e face a este cenário resolver entregar a alma ao criador. Arrumou a casa, passou a roupa que estava no estendal e em seu lugar estendeu a máquina que tinha acabado de lavar. Preparou o almoço para o dia seguinte e o lanche para as crianças levarem para a escola. Foi buscar o carro que estava na revisão e pagou o condomínio, a TV cabo e a assinatura do Readers digest, trocou a roupa da cama, telefonou para o emprego a dizer que não poderia ir no dia seguinte e cancelou o passeio da junta que tinha reservado para o fim de semana. Deu banho ao cão e ao gato e alimentou o casal de coelinhos anões que trouxera da última ida à terra. Arrumou os briquetes de madeira que estavam no pátio não fosse ás vezes chover e conhecendo bem o António (marido), sabia que ele não os ia arrumar...
Parece mentira, não me parece? Pois, parece... Acabei de inventar! É esta a sensação com que fico com as notícias que leio nos jornais e vejo na televisão...
Com todas as capas que Sónia Brazão fez nos últimos anos... Continuo a afirmar- Esta ainda é a única que vale a pena prestar alguma atenção!
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