sexta-feira, 29 de junho de 2012
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Tendências raras
O Sr. Zé, senhor dos seus setenta anos tem um problema que de resto teve a vida toda.
Quando o Sr. Zé passa por mulheres "amanda-lhes" sempre com piropos impróprios que as deixam embaraçadas e em alguns casos ofendidas. Piropos como "Tens uns olhos tão bonitos que até te comia o P*** todo"ou "Tens um C* que é uma jóia, anda aqui ao ourives" fazem parte do seu vastíssimo repertório.
Não pode ver uma casal beijar-se que de imediato lhe deslizam pelas cordas vocais maravilhosas pérolas como "Larga o osso que eu também sou cão" ou "Para lavar os dentes é de manhã antes de sair de casa".
Sempre que passa por um coxo nunca perde a oportunidade de brilhar com perguntas como "Então? Já houve sôco? A ver por si, o outro deve ter ficado jeitoso...".
Senhoras "over-sized" são sempre presenteadas com o respectivo impropério "Se o seu C* fosse uma torrada, era preciso um remo para pôr a manteiga".
E uma senhora a dar peito a um bebé? Era vergonhoso. "Com um biberão desses até queria voltar a ser bebé e beber leitinho!!!"
Era mais forte que ele. Já tinha tentado tudo e procurado respostas em todos os cantos do mundo. Psicólogos, psiquiatras, psicanalistas e psicopatas... Nada!
Cenários de bipolaridade ou esquizofrenia já tinham sido testados e estavam de parte. Nada nem ninguém parecia conhecer a solução para a sua patologia.
Esta semana recebeu o resultado de um diagnóstico recente feito por um médico Norte-Americano:
Caro Senhor Zé, depois de todas as análises e testes realizados concluímos que padece de uma patologia raríssima. Tem uma tendência crónica a ser Extra-Ordinário.
Atentamente,
Médico Americano
O Senhor Zé ficou mais descansado e agradeceu por escrito.
Caro Doctor,
Muito lhe agradeço toda a maçada. Quando tiver tempo passe lá em casa para levar os chinelos da p*** da sua mãe.
Atentamente,
Zé
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Coisas que fazia se fosse Presidente da República - Parte I
Há um crescente número de atitudes no nosso país que colidem com uma sã vida diária do cidadão comum, cumpridor das suas obrigações e pagador assíduo dos seus impostos e que se eu fosse Presidente resolveria com razoável veemência e imparcialidade.
Assim, aí vai a primeira lei composta por dois artigos, caso eu fosse Presidente:
- É proíbido a toda a senhora que por sua avançada condição etária (hão-de reparar que até o meu discurso já se enquadra dentro da oratória vazia digna de tal mandatário cargo), exagerado potêncial de volume ou flacidez de circular na via pública desprovida de soutien. Mais acrescento que o referido acessório deverá ser acolchoado em espessura nunca inferior a cinco milímetros. Poderá em casos extremos, um agente da autoridade obrigar a um uso adicional de casaco se este entender como insuficientes as medidas referidas.
Meninas e senhoras de moderada idade e peso ou portadoras de implantes estão dispensadas de toda e qualquer obrigação referida no artigo 1º.
Assim, aí vai a primeira lei composta por dois artigos, caso eu fosse Presidente:
Artigo 1º
- É proíbido a toda a senhora que por sua avançada condição etária (hão-de reparar que até o meu discurso já se enquadra dentro da oratória vazia digna de tal mandatário cargo), exagerado potêncial de volume ou flacidez de circular na via pública desprovida de soutien. Mais acrescento que o referido acessório deverá ser acolchoado em espessura nunca inferior a cinco milímetros. Poderá em casos extremos, um agente da autoridade obrigar a um uso adicional de casaco se este entender como insuficientes as medidas referidas.
Artigo 2º
Meninas e senhoras de moderada idade e peso ou portadoras de implantes estão dispensadas de toda e qualquer obrigação referida no artigo 1º.
O Presidente da República,
Jay, SRD
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Ronaldo e os golos
"Se a mãe do Ronaldo fizesse anos hoje ganhávamos por uns 70 a zero!"
by Nilton
by Nilton
"Se o Ronaldo marcasse muitos golos, até podia ser que a Irina como prenda fizesse anus!"
by Jay
by Jay
terça-feira, 19 de junho de 2012
Vida depois da vida?
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Portugal Vs Dina
Portugal marca
Portugal marca
Dina marca
Dina marca
Portugal marca
Portugal ganha!
Cristiano Ronaldo não marca e sai de cabeça baixa.
O jogo acaba, Cristiano vai para o hotel. Irina o espera na cama. Ronaldo entra de cabeça erguida e marca, marca, marca!!!
Portugal marca
Dina marca
Dina marca
Portugal marca
Portugal ganha!
Cristiano Ronaldo não marca e sai de cabeça baixa.
O jogo acaba, Cristiano vai para o hotel. Irina o espera na cama. Ronaldo entra de cabeça erguida e marca, marca, marca!!!
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Indiferença
Já não aguentava mais!
Não podia. Ninguém podia ser tão
indiferente e frio como aquela mulher. Estava ali na sua frente e ela pura e simplesmente
ignorava-o como se ele fosse invisível. Estava farto e apesar de saber o quanto
precisava dela não podia esperar mais tempo. Já esperara demasiado, já fizera tudo, já dissera tudo,
já tentara tudo e ainda assim, ela mantinha-se irredutível.
Pior. Sadicamente obrigava-o a ficar a vê-la dar a atenção a
outros homens, a outras mulheres, mas não a si. Quão cruel se pode ser, caramba?Pensou pôr termo à vida, mas ela não o merecia. Apesar do desespero, a sua vida vida valia mais que isso. Pensou então em simplesmente virar costas e desaparecer sem sequer olhar para trás e "partir para outra". Mas sabia que não podia. Não havia outra!
Era o último dia para entregar o IRS e na sua aldeia aquela
era a única repartição das finanças e aquela mulher a única escriturária...
Tinha que esperar pela sua vez!
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Voar
Estava farto de viver. Estava farto daquela enclausura física com que sadicamente o criador o havia presenteado à nascença. Olhando para o passado percebeu que tivera uma verdadeira vida de merda. Uma vida de escravidão andando de mão em mão, servindo de burro de carga de toda a porcaria que alguém se lembrasse de comprar sem que algum dia tivesse tido uma opção de escolha. Não nascera do amor ou de uma relação sequer. Não sabia o que era um lar, uma família ou amigo. Nascera numa fábrica grande e cinzenta sem janelas ou uma nesga de luz solar. Nasceu com um destino traçado e como ele tantos outros entre aquelas quatro paredes partilhando a mesma sorte e dos quais nunca chegou a ter notícias.
Hoje que está velho e sem serventia jaz numa valeta rasgado, sujo e vazio olhando quem passa esperançoso que alguém se enterneça e lhe estenda uma mão.
Recorda e lamenta nunca ter realizado o seu sonho. O seu único sonho. Voar.
Nunca sonhou com dinheiro, poder ou criados, não! Sonhava única e simplesmente poder voar. Sonhava cruzar os céus, cortar as nuvens, tocar o sol. Ver o mundo lá de cima. As casas, os carros e as pessoas do tamanho de insignificantes formigas. Ser livre!
Bem, a verdade é que tinha "voado" umas duas ou três vezes em toda a sua vida, mas haviam sido uns miseráveis voos de merda. Deu-lhe o vento e lá voou uns metros. Nem sabia se lhes havia de chamar "vôo". Talvez fosse mais honesto chamar-lhes saltos de tão curta que fora a duração e distância.
Sabia que ninguém o iria tirar dali, não naquele estado. Sabia que tudo estava prestes a acabar e que mais hora menos hora a sua infelicidade ia ter um fim. Era apenas uma questão de tempo até aparecer o homem das "limpezas" que faria cair o pano dando por terminada a peça a que sarcasticamente alguém poderia chamar de "vida". Mas não estava triste, sentia-se preparado. Não levasse consigo para a eternidade a pergunta que o perseguira toda a vida e aparentemente morreria consigo, e talvez até se sentisse aliviado.
- "Carregar compras não pode ser o único propósito na vida de um saco plástico. Por que raio havia nascido com asas se nunca conseguira voar???"
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