quinta-feira, 27 de março de 2014

Facebook, assim você me mata!

É assim que se dão os ataques cardíacos.

Ontem ao deambular pelo Facebook vi esta imagem:


Hoje vi esta:
Putzzz!!! Não ganhei para o susto!

terça-feira, 25 de março de 2014

A mentira tem perna curta



Continua sem fim à vista o julgamento do atleta paralímpico Oscar Pistorius pelo assassinato da sua namorada. Continua em aberto a validade da velha máxima: "Apanha-se mais depressa um mentiroso do que um coxo". Neste caso deve dar empate.
Pistorius insiste em afirmar não ter feito nada de errado.

É parvo de todo! Se não não tivesse feito nada errado, tinha-se safado. Fucking Retard!

segunda-feira, 24 de março de 2014

Adele


Simon Konecki, marido da famosa cantora dos mega-sucessos "Someone like you" e "Chasing pavements", confessou esta semana aos tablóides ter uma relação muito jovial e gostar muito de brincar com Adele.

Quando confrontada com as declarações do marido, a cantora sorriu e disse aos jornalistas:
"É algo que temos em comum. Eu também adoro brincar com a dele..."

sexta-feira, 21 de março de 2014

Partygirl vs Colesterol


Sónia sentia-se triste como já não sentia há muito. Uma pequena indisposição levara-a a um médico pelo que pensava ser uma apenas "coisita de nada". Após quinze longos minutos, Sónia abandona o consultório pesarosa pela sua má sorte. Não tinha nada de grave é certo, mas o seu estado clínico obrigaria Sónia a mudar os seus hábitos e abandonar práticas sem as quais já nem se imaginava a viver.
Tinha colesterol elevado e entre outras proíbições que nem a incomodavam muito, havia uma que lhe fazia correr lágrimas face abaixo - Não podia comer mais chouriço, salpicão e bananas.

O médico tinha sido bem claro ao dizer:
"Livre-se de tocar mais em comida de pacote!"

quarta-feira, 19 de março de 2014

Isto não é uma mensagem do Dia do Pai



A cada dia que passa se reforça mais a sensação de que quem um dia tropeçou na língua e por equívoco chamou o Facebook de Fakebook, não estaria tão errado ou inocente quanto quis fazer parecer.
Na Era Facebookiana é maravilhosamente fácil de iludir o próximo.
As relações são perfeitas e só passam a perfeitas ralações no "aconchego" das quatro paredes do lar quando o Sr. Amílcar e sua Senhora se encontram "Tête-à-tête" longe dos olhares alheios.

Se olharmos com atenção para os últimos 20 anos, contrariando as estatísticas e análises dos profissionais, nós não evoluímos a pon-ta de um pin-cha-ve-lho!
Pelo contrário, acho que regredimos. Talvez por isso a necessidade de criar e tornar "friendly-user" as tecnologias como os computadores e telemóveis e permitindo assim que individuos como nós os consigam usar.

Recordo-me perfeitamente de quando no tempo em que ainda era um puto ranhoso, um vizinho comprar um videogravador e se tornar de imediato por um lado alvo de desdém e por outro, referência a ultrapassar comprando um artigo ainda mais caro a prestações, porque dinheiro era coisa que não havia.
A cobiça estava de tal modo enraízada que passava de geração em geração como uma herança envenenada.
Nós, os petizes, rogavamos pragas, insultavamos, gozavamos e marcavamos para toda a vida o filho de uma meretriz que tivesse uma bicicleta nova ou um Spectrum X2.
Uma vez estive perto de me tornar um desses alvos, quando aos quinze anos me deram a escolher como prenda por um ano escolar brilhante, uma bicicleta ou um commodore 64. Suponho que me deva dar por feliz pois o tempo foi passando, a compra foi sendo adiada, o assunto esquecido e no fim de contas nunca cheguei a ver a bicicleta ou o computador. No entanto nem tudo se perdeu, salvou-se a minha vida social.
E a verdade é que passados todos estes anos ainda que de forma mais moderna, nós continuamos a cobiçar a felicidade alheia e a patrocinar verdadeiras competições, desta feita on-line, para apurar quem é afinal de contas o mais feliz.

Por esta altura devem estar a perguntar: Mas o que é que isto tem a ver com o Facebook e o Dia do Pai? Tudo e quase nada!
Tem tudo a ver com o Facebook e quase nada a ver com o Dia do Pai. Do mesmo modo que há vinte e tal anos se queria porque queria fazer parecer, hoje em dia com toda a pompa se pintam paisagens lindíssimas na rede, escondidas pelo acordo do "eu não conto se tu não contares" outrora selado a cuspo, hábito que felizmente se perdeu.
A grande diferença trazida por vinte anos de evo-regressão é que alargamos o espectro da inveja dos bens materiais aos afectos, ao sucesso matrimonial, familiar e social, subindo inconscientemente a fasquia da mesquinhês. Já não nos chega os outros saberem que temos. Agora precisamos que os outros saibam que somos:
E somos o quê? Mimosos, atenciosos, os melhores pais do mundo, os melhores maridos, os mais felizes do mundo! Não interessa se somos muito ou pouco, apenas que os outros pensem que somos.
A cada vez que vejo na rede um post carinhosamente forçado de "amo-te muito, és isto e aquilo de bom, não sei viver sem coiso" Soa-me tanto a "amo-te muito, és isto e aquilo de bom, não sei viver sem coiso... Ouviram todos???" e fico sempre a tentar adivinhar o desfecho do dia em que os visados se encontram olhos nos olhos, dente no dente.
O conceito das demostrações públicas de afecto não é novo. Quem não conhece alguém que não larga o mais-que-tudo nas festas cobrindo-o de beijos e carinhos quando na realidade estão mais afastados que os joelhos da Érica da casa dos segredos ao sábado à noite? Ou alguém que beija a sua cara-metade e volta e meia lá abre um olhito para se certificar que são vistos?
Todos nós conhecemos alguém assim.

E agora pergunto eu:
Mas que merda é esta afinal? Que diz isto de mim?
Diz que se não escrever no facebook o quanto amo a minha filha sou um pai que devia estar sob o olho atento da assistência social?
Diz que se não andar aos amassos na rua com a minha mais-que-tudo não sou um bom marido?
Diz que se não escrever no facebook que amo muito os meus pais devia ser deserdado?
Não. Diz apenas que, como antigamente, gosto de demonstrar o meu amor pelos meus perante quem precisa de o saber, eles!
Diz que guardo para mim e os meus as demonstrações de afecto e que não preciso de o anunciar aos quatro ventos cibernéticos para que todos saibam do tamanho da minha felicidade.
Diz que me estou pouco ralando se o nível de sucesso do meu casamento é do agrado das pessoas em geral.
Diz que o que é privado é privado, e o que é público é público. Sem confusões.

Eu sei da existência de uma pressão social crescente como uma voz que nos melga ao ouvido: "Escreve que amas os teus pais", "Escreve que a tua Senhora é a mulher da tua vida", "Escreve que a achas linda", "Escreve que és amigo dos animais", "Escreve que eras capaz de morrer pela tua filha", "Escreve, escreve, escreve, és o único que não escreve, camandro!!!" como se o acto de não pôr os sentimentos à varanda sujeitos à apreciação de todos, fizesse de nós tipos insensíveis e desmerecedores do amor que nos dão.

Perdoem-me ainda ainda ser do outro tempo. Perdoem ser do tipo de pai a quem num dia como o de hoje e em todos os outros do ano apenas interessa um beijo da minha pequena logo quando chegar a casa e que não tem que ser à janela.

Usamos as redes sociais para esconder a nossa própria preguiça. Tentamos que se despache as "obrigações" através da rede pensando que ninguém nota a diferença. Talvez seja verdade, até um dia. Não quero com isto dizer que não haja pessoas que sejam naturalmente mimosas ou que o mundo inteiro se dá mal e quer fazer parecer que se dá bem, mas também não me revejo nesta necessidade de manifestar afectos na praça.

P.S. Feliz dia do Pai!





sexta-feira, 7 de março de 2014

Fuck U Mr. Needles! I win!


Desde há uns tempos que comecei a registar os resultados das batalhas que travo de tempos a tempos primeiro com Lady Nurse e mais recentemente com Mr. Needles.
Ganho umas, perco outras e a vida é assim mesmo embora se diga por aí que quando perco me vou abaixo. Não acreditem em tudo o que ouvem.

Hoje foi dia de batalha. Quando cheguei, Mr Needles já me esperava no ringue de seringa numa mão e garrote na outra. Na cara vestia um sorriso de orelha a orelha cortado por um fio de baba de quem vai saborear cada segundo com um prazer quase sexual.
Sentei-me e com uma calma glaciar aguardei o início da contenda. Mr Needles aproxima-se com uma seringa do tamanho de um canhão em riste e com a voz cavernosa pergunta: Direita ou esquerda???
Não respondi. Com um sorriso vencedor e um olhar confiante estendi o braço direito num movimento firme e definitivo colocando-o em posição de ataque. Não estava ali para brincar!
 Mr Needles percebeu que hoje não ia ser fácil mas não se abalou, aparentemente já não esperava facilidades da minha parte. Sem que eu tivesse tempo de dizer "Já vi as torres da Cinciberlândia", Mr. Needles dá-me uma estocada de agulha fazendo jorrar o meu sangue para dentro dos seus frasquinhos de recordações. Durante 5 segundos fez-se silêncio. Tanto eu como Mr. Needles tentavamos perceber o que iria acontecer quando me levantasse da cadeira. Assim que percebi que nada ia acontecer, o meu peito encheu-se de ar, senti as costas verticalizarem-se e um sorriso inabalável desenhou-se no meu rosto. Hoje saía vencedor!

Mr Needles estava confiante e deu o seu melhor mas não bastou para me derrubar. Apesar da estocada certeira no braço que admito me fez recostar na cadeira, ficou com o meu sangue como prémio mas não me fez cair!
Saí do consultório como se fosse dono do mundo. Mr. Needles de sorriso amarelo apertou-me a mão com força sob as palavras - "Então até à próxima!" e bateu estrondosamente a porta atrás de mim.
Fiquei feliz com a minha prestação mas lá no fundo fiquei sempre com a sensação que qualquer coisa estava mal explicada e que Mr. Needles escondia qualquer coisa...

Agora passadas duas horas percebi... Mr Needles mandou-me para casa com um presente, um penso duplo, gigantes e extra-colado no meu braço peludo!


Alguém sabe como tirar isto sem doer???

I HATE YOU MR. NEEDLES!!!

Batalhas anteriores:
Encontro matinal com Lady Nurse
Primeira batalha com Mr. Needles







quinta-feira, 6 de março de 2014

Match made in Heaven


Ontem quando cheguei a casa, já as horas da noite iam muito avançadas no relógio.
Já todos dormiam, movi-me devagar pois a estas horas todo o movimento é denunciado pelo silêncio da noite transformando um pontapé numa cadeira na implosão de uma torre do Aleixo. Estava tenso como já não me sentia há uns tempos. Tentava convencer-me que isto fazia parte do passado mas lá no fundo sabia que esta "fome" um dia ia voltar. Foi mais rápido do que previa.
Tomei um banho na esperança de relaxar, com o passar da idade tem-se tornado cada vez mais difícil atingir uma calma que outrora me era natural. Desde há uns anos, vejo-me obrigado a usar truques e fintas para iludir o corpo e a mente no intuíto de encontrar alguma serenidade neste rio revolto em que se tornou a vida.

O banho não funcionou. Não me sentia calmo, não me sentia relaxado e definitivamente não sentia tranquilo! Pelo contrário, a cada segundo que passava sentia os musculos comprimir, os dedos das mãos pareciam ter electricidade, as pernas pareciam ferver e o coração batia com a violência do sino na torre da igreja. Estava atordoado. Sentia-me empurrado do meu corpo e sugado de novo para dentro num movimento repetitivo ritmado pelo bater do coração que parecia querer saltar-me do peito. Sentei-me um pouco no escuro para ver se acalmava mas uma vez mais sem sucesso.

Havia uma alternativa, sempre houve. Mas tinha prometido numa conversa comigo mesmo que não o faria, que fazia parte do passado e que jamais me deixaria cair de novo na tentação. Comecei a suar, a sentir a vista turvar e o cérebro entorpecer. Quinze minutos passaram até que socumbisse à tentação. Desisti de tentar fazer frente a mim mesmo e aceitei a minha fraqueza. Aceitei quem sou, como sou no meu "EU" pleno com todos os meus defeitos e virtudes, com todas as minhas necessidades. Tive que aceitar. Não tinha como me combater.
Preparei uma "dose" e sentei-me no sofá da sala para que nos quartos não me ouvissem e viessem ver o que se passava como já aconteceu antes. Podia dizer que não quero ser responsável por viciar mais ninguém mas ia mentir. Apenas não quero dividir! Não é por ser pouco ou por ser muito, não se prende com isso, é apenas porque não concebo a remota hipotese de dividir.
Divido tudo, empresto tudo, dou tudo. Mas hoje não, não agora e não isto!
Claro que uma dose não chegou para meia missa, nunca chegou, porque havia de chegar hoje? Então preparei outra e outra e ainda mais outra... No fim foram precisas cinco para me deixar completamente saciado. Senti o ritmo cardíaco estabilizar e a temperatura do corpo descer. Aos poucos a clareza dos pensamentos regressou assim como a visão. Agora estava sereno da ponta dos cabelos ás unhas dos pés. Estava feito! Deixei-me ficar por uns minutos sentado no sofá...
Pús-me de pé, havia recuperado o equilíbrio. Sentia-me bem, rejuvenescido. "Pronto para outra" como se diz na linguagem popular.

Arrumei "a louça" e apaguei as luzes.
Enquanto caminhava no escuro em direcção ao quarto, esbocei um sorriso involuntário enquanto pensava - "Foda-se! O cabrão que inventou as bolachas Maria e a manteiga de amendoim merecia um prémio!"