sexta-feira, 30 de novembro de 2012

PIGS



Quando eu era mais pequeno (há bué de bué de longe), usava-se um termo na minha terra que rezava da seguinte forma - "A brincar, a brincar é que o macaco fodeu a mãe" que trocado em miúdos e em línguagem políticamente correcta significa "a brincar se vão dizendo as verdades".
Eu sei que não foi a brincar, e sei que todos repararam, que foi uma galhofada à moda antiga e que em oposição a Portugal que aquando da criação do cartão único, vulgo CU, percebeu que a sigla seria a raínha da chalaça durante anos a alterou para CC (cartão do cidadão), neste caso ninguém se descoseu (*) e talvez pela veracidade que o nome traduz em relação à forma como o "grupo" de países que pediu ajuda ao FMI é visto pela Europa, o nome pervaleceu.

Falo de quê? Do grupo "PIGS", o grupo formado por Portugal, Itália, Grécia e Espanha.

De todas as Siglas possíveis:
PIGS
PISG
PGEI
PEIG
PGIE
PEGI
IPGS
IGPS
IGSP
IPSG
ISPG
ISGP
GPIS
GPSI
GIPS
GISP
GSPI
GSIP
SPIG
SPGI
SGPI
SGIP
SIPG
SIGP

A escolhida tinha de ser a única que nos chama de porcos? Lá está... A brincar, a brincar...

Não acreditem em mim, vejam aqui!

(*) De início fiquei na dúvida de descoser era com s ou com z, mas como pelos vistos é p´ra porcos, tanto se me dá como se me deu!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

India Malhoa- Quem sai aos seus não degenera...

Foda-se, é de mim e da minha mente extra-ordinária ou a filha da Ana Malhoa gosta de chupar o cão???



Será que o Angel ao ser da família... Malhou-a?

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Casamento desfeito


 
Não havia mais nada a fazer. Ainda que se amassem mais que a si próprios, ainda que não se imaginassem a viver um sem o outro durante um minuto que fosse, ainda que as lágrimas corressem cara abaixo só de pensar na possibilidade, haviam chegado a uma triste e cruel conclusão. O seu casamento era um grande fracasso. Já não tinha ponta por onde se lhe pegasse. Estava gasto, não tinha mais nada para dar.
Discutiam de manhã, discutiam de tarde e em dias pares discutiam de noite. Discutiam essencialmente por dois motivos: Por tudo e por nada.
Se existisse um concurso o casamento mais desastroso, o Fernando Mendes viria pessoalmente convida-los a concorrer. Seriam certamente recebidos com tapete vermelho e tratados com honras de Estado.
Era uma desgraça. Uma catástrofe matrimonial. Uma verdadeira "cagada em três actos".

Findo meio ano e esgotada a paciência de ambos era altura de bater na mesa e dizer "Foda-se! Acabou!"
Já não havia forma de salvar aquele casamento, desistiram e fizeram o que ambos há muito sabiam ser inevitável.

Divorciaram-se e casaram-se de novo.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Se conduzir não beba!




Gostaria de partilhar uma experiência convosco acerca do "Se beber, não conduza"!

Como muito bem sabem, temos tido autênticas lavagens de cérebro diariamente por parte das autoridades competentes acerca deste assunto, através de mensagens em outdoors ou de anúncios passados na televisão.
Há umas noites atrás saí com uns amigos e fomos tomar uns copos à Ribeira num barzinho muito agradável.
Depois de uns finos, fiquei com a perfeita noção de que tinha ultrapassado o meu limite de resistência ao álcool e fiz uma coisa que nunca tinha feito antes, usei o autocarro para regressar a casa!
Pelo caminho reparei numa operação stop com a polícia a identificar os condutores e a fazer a alguns
o teste do balão, mas como era um autocarro os agentes fizeram sinal para seguir. E foi assim que cheguei a casa são e salvo, sem qualquer incidente. O que constituiu uma autêntica surpresa para mim porque eu nunca tinha guiado um autocarro antes, nem faço a mínima ideia onde é que o arranjei!!!"

(autor desconhecido)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Afinal é patologia

Pedro percebeu finalmente que necessitava de ajuda urgente. A situação tornara-se insustentável.
Levantou-se de manhã e foi tomar o pequeno-almoço. Entornou todo o leite do pacote, transbordando o copo, molhando a mesa e as calças de pijama que vestia. Foi tomar banho, ficou lá até que a mulher lhe fechasse a água. Saiu do banho e foi-se vestir. Vestiu toda a roupa que tinha no roupeiro, quase não se conseguia mexer mas conforme pôde entrou no carro e foi trabalhar.
Quando se apercebeu tinha conduzido durante horas em volta do quarteirão onde se situava o seu escritório. Continuou a conduzir até que o carro começou a soluçar. Acabara a gasolina. Saiu do veículo e foi trabalhar.
Como haviam passado horas já não trabalhou nessa manhã, foi a um snack-bar próximo para almoçar. Toda a azafama da manhã havia-lhe despertado a fome. Comeu até vomitar!
Um pouco indisposto chegou ao escritório ao inicio da tarde. Sentou-se na sua secretária e deu ordem a um dos não-sei-quantos assistentes que contratou de uma vez que abastecessem o carro. Agora mais calmo, agarrou numa folha de papel e numa caneta e começou a escrever "medidas a adoptar". Ainda que consciente das promessas que havia feito dias antes, escreveu, escreveu, escreveu... Escreveu até acabar a tinta da caneta. Pousou tudo e saiu a correr para o médico. Depois de uma vez mais conduzir uma infinidade de tempo, parou ao embater num veículo que estava estacionado mesmo em frente ao consultório. Entrou de rompante pelo consultório e começou a falar quase sem respirar até que foi agarrado pelo guarda, o médicos e três enfermeiros que o sedaram de imediato. Finalmente descansou. O diagnostico veio confirmar o que a sua mulher já vinha dizendo desde os tempos da JSD...

"Pedro, tu tens um problema grave. Tu não sabes quando parar!!!"


(na declaração amigável Pedro escreveu sobre assinatura, que foi o veículo que estava estacionado que veio descontroladamente contra si.)

domingo, 11 de novembro de 2012

Assim não dá!


Mas que raio, estava cheio! Cheio de tanto vazio.
Não aguentava mais o que ainda estava por vir.
Não aguentava mais ouvir o ruído provocado por tanto silêncio.
A sua vida? Andava meio parada, é um facto.
Calmamente se apressou e se lançou num inerte movimento, ansioso por sentir o amargo sabor de um doce, a saudade do que ainda não vivera. Sentia-se ébrio de tanta sobriedade. Cansado de descansar!
Resolveu dar uma volta à chuva. Foi ao médico. Pensava saber o que tinha, no entanto estava certo que estava redondamente enganado.

Suspeitava que estava doente, e disso... Disso não haviam dúvidas!